domingo, 3 de abril de 2011

Teoria da Comunicação Virtual

Temos Pierre Levy que caracteriza um contemporâneo marcado por processos de mudanças e transformações humanas, sendo segundo ele, que o desenvolvimento da linguagem como parte integrante de todas essas mudanças e de todo processo social. Mas não se restringe a uma vitualização que muda o modo como informamos e somos informados ele fala de mudanças nos corpos humanos, na economia e no exercício da inteligência, tudo por causa da internet e de seu característico modo de interagir. Agora tudo se dá no âmbito do virtual. Contrário e radical Baudrilhard é avesso a comunicação virtual, sendo que para ele trata-se de um desastre, "desertificação do espaço real" e "catástrofe da comunicação" dado a massa crítica social estar ultrapassada, não há conteúdo, a rede transforma comunidades inteiras em um vazio social desprovido de qualquer valor informativo ou educacional. Para ele a mídia transformou a comunicação em espetáculo e a massa ou os internáutas absorveram este espetáculo. Baudrilhard classifica a comunicação virtual como a propulsora ou aceleradora da produção e circulação da mensagem. Neste mundo virtual versus real, é o virtual quem vive às custas do real. Ele realça que há uma farça, um mito em propor que a informação é a criadora da comunicação. Assim sendo informação sem produção de sentido dissolve social e é neste momento que ele fala entropia ou desordem, uma sociedade incapaz de viver o real. Sob este aspecto do virtual é terrível mesmo imaginar vivermos somente o virtual! Já Pierre Levy ameniza esta idéia quando expõe que o virtual é o exercício da criatividade e parte do exercício da comunicação. O virtual como o elemento chave numa sociedade que não pára de mudar e está sempre em estado de metamorfose. Para Baudrilhard riqueza real jamais será o conhecimento e a informação em tempo real pois estão desprovidos de qualquer sentido num contexto instantâneo e se perde pois é fictício pois perde a realidade. Na minha opinião se este virtual não for buscado como forma de informação com conteúdo, Baudrilhard terá razão em dizer que estamos vivendo o espetáculo vazio. Mas creio que nem tudo são espinhos e que Levy tem muita razão quando diz que "uma técnica não é nem boa nem má, tampouco neutra, ... e que não se trata de avaliar seus impactos mas de situar a irreversibilidade às quais um de seus usos nos levaria, de formular os projetos que explorariam as virtualidades que ela transporta e de decidir o que fazer dela", ou seja você pode escolher como irá utilizar esta importante ferramenta que ainda seja virtual pode trazer conhecimento e informação para o seu benefício. Adriana do Valle 5 Período Jornalismo Noturno

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