segunda-feira, 4 de abril de 2011

Esvaziamento do real

Por Rayane Ferreira Carvalho

A era tecnológica e todas as novidades que aparecem a todo minuto, nos fazem refletir e criar explicações concretas sobre o que é real e o que é virtual. As duas linhas de comunicação estão cada vez mais interligadas, formando assim um paralelo onde não sabemos mais o que é real e o que é virtual. Nossos sentidos se confundem e nossa visão muita das vezes não sabe distinguir o verdadeiro.

De acordo com Pierry Lévy a contemporaneidade é caracterizada como um momento de mutação do processo de hominização, sendo o desenvolvimento da linguagem um aspecto essencial deste processo. Contrapondo Lévy, o pensador Baudrillard defende o ponto de vista de que vivemos o fim da era moderna e do projeto de uma comunicação racional, onde há o predomínio da absorção dos conteúdos sobre a valorização das formas.

Baudrillard em seus questionamentos e afirmações nos faz pensar, sobre o que o virtual tem feito e influenciado na nossa vida, no que é real, no que realmente é verdadeiro. Como Baudrillard, penso que os sentidos estão perdendo o seu valor, o gozo em contemplar uma conversa em corpo presente, sentindo o calor humano esta se perdendo em meio a tecnologia e no mundo virtual. A era da comunicação virtual é o fim da era da comunicação propriamente dita, vivenciada pelos nossos avós e pais. Tudo é absorvido e consumido por nós como um espetaculo, somos em vários momentos incapazes de viver experiências reais, tudo ou quase tudo é vivenciado antecipadamente de forma virtual, exemplo disto são as fotos dos pratos ja prontos nas receitas tiradas na internet e expostas nos rótulos do produto, antes mesmo que comermos ou fazermos a comida desejada, vivenciamos ela na foto.

Desta forma fica o questionamento: o que realmente é real?

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