sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dilúvio de informações



Neste século XXI, muitas práticas que foram descobertas no século anterior são vivenciadas. Pensadores como Pierre Lévy na década de 80 já tinha conceituado muitos termos que atualmente são mais familiarizados. A comunicação vive um momento de ebulição e, a internet foi a grande propulsora para que isso acontecesse.

A web já é uma extensão do nosso “corpo”. Nossa imagem, nossos pensamentos por meio dela são transportados para qualquer lugar do mundo, essa dimensão é magnífica! O mundo virtual, conjunto de códigos binários, fez com que a “democratização” acontecesse.

Todos podem acessar, participar e expor sua opinião. O princípio da isonomia e da isegoria, conceitos oriundos da democracia grega, são praticados. Peraí! Será isso mesmo que acontece? Essa visão utópica, que a democratização digital está vigorando é bastante questionada. Do que adianta possuir o instrumento, a internet, é não saber utilizá-la?

Como formadores de opiniões é preciso estarmos cientes das adversidades dessa tecnologia. Não podemos estagná-la como boa ou como ruim. Saber usá-la de forma ética e consciente é “X” da questão.

De acordo com Lévy estamos no segundo dilúvio, “dilúvio informacional”. “As arcas do primeiro era única, estanque, fechada, totalizante. As arcas do segundo dançam entre si. Trocam sinais, Fecundam simultaneamente. Abrigam pequenas totalidades, mas sem nenhuma pretensão universal. Apenas o dilúvio é universal. Mas ele é intotalizável. É preciso imaginar um Nóe modesto”, ressalta Lévy.

Só para reflexão: Onde está Nóe? O que colocar na Arca?

Fernanda Camargo Ferreira

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