Ninguém faz 500 milhões de amigos sem criar alguns inimigos. Esse é o slogan que o filme “A Rede Social”, dirigido por David Fincher (mesmo diretor de Clube da Luta) nos traz ao contar a história da criação da rede social mais famosa do mundo, que já superou sites como o Myspace, seu principal concorrente nos EUA.
Tudo começa no ano de 2003, na cidade de Boston, mais especificadamente na Universidade de Havard. Marck Zuckerberg publica difamações na internet sobre Erica, sua namorada, depois de uma briga entre os dois. Logo depois ele fica duas noites inteiras criando um site onde garotas competem através de votos quem é a mais bonita do campus. O site faz tanto sucesso que o servidor de Harvard trava, e Marck se torna conhecido pelos alunos e pela direção da Universidade.
Foi ai que começou a criação do Facebook, a rede de relacionamentos mais valiosa da internet, avaliada hoje em 500 bilhões de dólares. Uma briga judicial envolvendo os criadores do site é o enredo seguinte da trama. Segundo o filme, os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, foram os idealizadores do site e, depois que ficarem sabendo da fama de Marck, resolveram chamá-lo para participar do projeto. Mas antes que os irmãos começassem Marck, junto com o seu melhor amigo, o brasileiro Eduardo Saverin, desenvolveu todo o site, o registrou em seu nome e o colocou para funcionar, sem a autorização e o consentimento dos verdadeiros criadores. A partir daí, todo o filme se passa durante a briga judicial pelo Facebook entre esses quatro protagonistas.
“A Rede Social” não é um filme só sobre a criação de um site, é muito mais que isso. Ele discute valores, sentimentos, expressões e emoções. O Nerd que é rejeitado e por isso se torna uma pessoa fechada, sem a iniciativa de desenvolver relacionamentos saudáveis com as outros, o estudante comportado que tem dinheiro para bancar tudo e os gêmeos que procuram prestígio, mas têm medo de lutar pelos seus direitos com receio se sujar a carreia de atleta.
Se olharmos o roteiro do filme a fundo, veremos que existe uma disputa não só intelectual, mas uma competição para ver quem é o melhor. A figura de Marck é totalmente arrogante, um cara sem emoções, sem escrúpulos, capaz de fazer qualquer coisa pelos seus objetivos. Já Eduardo, o seu melhor amigo – que é escorraçado da equipe pelo novo sócio de Marck, Sean Parker, criador do Napster, depois que o Facebook se torna uma grande empresa – é representado por um aluno responsável, que tem seus objetivos traçados. Sean e apresentado no filme como um homem esperto, mulherengo e que também é capaz de passar por cima das pessoas para conseguir o que quer. É com ele que Marck começa a ver que a sua idéia pode gerar muito dinheiro, e é exatamente isso que acontece.
Ao contrario do que ele propunha ao criar uma rede em que as pessoas se manteriam conectadas, tudo que Marck fez durante essa empreitada, culminou no seu isolamento com o mundo. Indicado ao Oscar como melhor filme, “A Rede Social” é uma obra que nos mostra exatamente como o ser humano pode ir do sucesso ao fracasso, assim como um site de relacionamento.
Stefani Costa
Jornalismo Noturno – 5º período
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